O governo do Acre, por meio do Batalhão de Policiamento Ambiental (BPA) da Polícia Militar do Estado do Acre (PMAC), divulgou nesta sexta-feira, 29, os dados operacionais relacionados ao comando, controle e combate ao desmatamento ambiental em todo estado. Os dados são do setor de inteligência e análise criminal do BPA e são referentes ao ano de 2024.
Ao todo, foram realizadas 76 operações integradas, que, para além do BPA envolve outros órgãos federais e estaduais: Instituto de Meio Ambiente do Acre (Imac) foi o órgão que mais realizou ações conjuntas com a Polícia Militar, seguidos pelo Instituto Braseiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), Corpo de Bombeiros do Acre (CBMAC) e Secretaria de Estado do Meio Ambiente (Sema).
Segundo o comandante do BPA, coronel Kleison Albuquerque, é usado o nome “Operação Protetor dos Biomas”, pois esta é uma operação que o governo federal executa em parceria com a PMAC e os Bombeiros do Acre. “A operação Sine Ignis (Sem Fogo) está inserida na Operação Protetor dos Biomas, portanto, esse recurso é convergido para o planejamento estadual. Então, é usado o nome Operação Protetor dos Biomas, porque o recurso que utilizamos para as diárias é dessa operação, mas ela está inserida na execução do planejamento do estado do Acre”, afirmou.
As visitas comunitárias são organizadas por regionais. Ao todo foram 1284, discriminadas em ordem decrescente da seguinte forma:
– 132 ações no Baixo Acre (Acrelândia, Bujari, Capixaba, Plácido de Castro, Porto Acre, Senador Guiomard e Rio Branco);
– 117 ações em Tarauacá-Envira (Feijó, Jordão e Tarauacá);
– 87 ações no Vale do Juruá (Cruzeiro do Sul, Mâncio Lima, Marechal Thaumaturgo, Porto Walter e Rodrigues Alves);
– 72 ações no Alto Acre (Assis Brasil, Brasileia, Epitaciolândia e Xapuri);
– 18 ações no Baixo Purus (Manoel Urbano, Santa Rosa do Purus e Sena Madureira).
Ainda segundo o coronel, as regiões do Baixo Acre, Tarauacá-Envira e Vale do Juruá – com foco nos municípios de Feijó e Tarauacá -, são áreas prioritárias de ação, pois são os locais onde mais ocorrem desmatamento e queimadas ilegais.
O Batalhão de Policiamento Ambiental (BPA) realizou este ano 140 operações, sendo 76 delas em parceria com outros órgãos. A diferença entre as operações se dá por motivos de que o Batalhão Ambiental atua mesmo se não estiver acompanhado de um órgão estadual. “A diferença entre as ações é porque mesmo que os órgãos estaduais não estejam em campo, ainda assim a PM vai aos locais. Os órgãos ambientais não tem disponibilidade o tempo todo 24 horas, mas a PM tem. Então, não podemos esperar por eles. A Polícia Militar é a esfera criminal e os órgãos ambientais é na esfera administrativa”, afirma o coronel Albuquerque.
Os dados seguem informando que foram abertos 683 boletins de ocorrência (B.O.). Foram aplicados 23 Termo Circunstanciado de Ocorrência (TCO), que por serem infrações menores, são resolvidas no local do ato. Foram presos em flagrante 46 e autuados em infração 110 infratores.
Foram disponibilizados 553 policiais militares do efetivo para as ações. Ao todo, foram vistoriados 5.105,73 hectares, referentes a 753 áreas vistoriadas. Com isso, mais de R$ 8 milhões em multas já foram aplicadas e o valor de objetos apreendidos soma-se mais R$ 3,1 milhões.
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