Entre representantes do poder público, de empreendimentos locais e da sociedade civil, foram eleitos 24 delegados para representarem o Acre na 4ª Conferência Nacional de Economia Popular e Solidária em 2025. A eleição foi realizada durante a Conferência Estadual de Economia Popular e Solidária, promovida pelo governo do Estado, por meio da Secretaria de Turismo e Empreendedorismo (Sete), na segunda-feira, 18, em Rio Branco.
O evento teve o apoio do governo federal, por meio do Ministério de Desenvolvimento Agrário, da Superintendência Regional do Trabalho, do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae/AC) e das prefeituras municipais. Também estiveram presentes representantes da Rede Acreana de Jovens em Ação (Reaja), do Movimento Social da Economia Solidária (Ecosol), da Central de Cooperativas e Empreendimentos Solidários (Unisol), da Cooperativa de Catadores de Resíduos Sólidos do Acre (Catar), da Renovação Capixaba e da Associação da Gameleira.
O titular da Secretaria de Estado de Turismo e Empreendedorismo (Sete), Marcelo Messias, destacou o apoio do governo estadual, por meio da pasta, para fomentar a economia popular e solidária no Acre: “Sabemos o quanto o segmento precisa de atenção e é isso que a secretaria vem fazendo. Não medimos esforços quando temos que agir em prol de todos os empreendedores. Continuem contando com a gente, com o governo do Acre, para fazer com que a economia solidária, que é tão importante para muitas famílias do nosso estado, continue a crescer”.
Iniciando o evento, o superintendente Regional do Trabalho e Emprego no Acre, Leonardo Lani, falou sobre a importância do segmento para o estado: “É importante a participação popular na elaboração, na implementação e também no gerenciamento de políticas públicas. A política pública de economia solidária tem propósito de superar processos históricos de hiperexploração, de precarização e de flexibilização do trabalho. A lógica da economia solidária, baseada num saber popular, num saber ancestral, também num saber acadêmico, mostra novas formas de produzir, de uma forma cooperativa, solidária, associativa, criando alternativas para a relação de emprego e renda”, disse.
A diretora de Empreendedorismo da Sete, Bianca Muniz, explicou que é necessário fortalecer a economia solidária em nível nacional, levando em consideração as particularidades da região amazônica: “A economia solidária é um modelo que coloca as pessoas no centro do desenvolvimento, onde cada pequena ação, cada negócio familiar, cada iniciativa local contribui para a construção de uma sociedade mais inclusiva, mais justa e mais conectada aos valores que nos definem como comunidade. Como governo, acreditamos que a economia solidária é um dos caminhos mais potentes para transformar nossas cidades. Quando falamos em economia solidária, falamos de colocar o ser humano acima do lucro, de fazer com que as riquezas geradas aqui permaneçam aqui, fortalecendo as famílias, as comunidades, e, por fim, o nosso próprio estado”, discursou.
A representante da Prefeitura de Rio Branco, Rossiani Boaventura, destacou a colaboração do Município para apoiar a a economia solidária: “É uma satisfação estar aqui. Só temos a agradecer aos parceiros e dizer que a prefeitura sempre está de portas abertas para recebê-los”.
Representando os empreendedores da Economia Solidária, a artesã Marcia Silva discursou sobre o significado da união de quem faz a economia popular acontecer: “A pandemia veio e aconteceram muitas coisas negativas, mas observamos que os empreendedores de economia solidária não se deixaram cair, e isso é muito bom. Fico feliz com as pessoas que estão aqui, desejo que falem. As entidades estão aqui pra nos apoiar, e sem vocês não teríamos espaço pra diálogo, um espaço aconchegante. Hoje vamos discutir a nossa vida, o rumo político da economia solidária. E vamos participar, porque os delegados vão com muita consciência discutir na [conferência] nacional”, observou.
Empreendedor do setor de alimentação, Carlos Taborga salientou os benefícios da economia solidária: “Esse é o movimento que nós queremos, precisamos, e que faz a diferença, faz a inclusão social, um movimento que distribui, que tem a democracia e os cuidados com a natureza, a mulher e a diversidade”.
A eleição de delegados que representarão o estado na 4ª Conferência Nacional de Economia Popular e Solidária em 2025 contou com a participação de empreendedores do segmento: “Foram eleitos representantes que irão participar da Nacional, um espaço onde serão debatidas novas diretrizes de economia popular e solidária, sobre benefícios para os nossos empreendedores, considerando as contribuições de todos os estados”, detalhou a diretora de Empreendedorismo da Sete, Bianca Muniz.
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